Belo Horizonte ; A alergia alimentar deve ser levada a sério. Os riscos de choque anafilático e fechamento de glote, entre outras reações graves, existem e fazem vítimas Brasil afora. Pesquisa desenvolvida na Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), em 2009, mostra que 39,5% das reações alérgicas estão relacionadas a erros na leitura de rótulos dos produtos. A alergia alimentar atinge 8% das crianças e entre 3% e 5% dos adultos.
Um estudo feito em uma década nos Estados Unidos (1997-2007) indicou aumento de 18% nos casos de alergia alimentar na faixa etária até 18 anos. Diante da ausência no Brasil de uma legislação específica para a elaboração dos rótulos de alimentos, de forma que indiquem a presença de ingredientes considerados mais potentes para desencadear uma reação alérgica (oleaginosas e lactose, por exemplo), cerca de 600 famílias se mobilizaram nas redes sociais e criaram a campanha #poenorotulo, que tem o objetivo de tornar obrigatória a rotulagem correta e completa dos alimentos no país.
A ação na internet (que pode ser acessada pelo www.facebook.com/#poenorotulo) quer também chamar a atenção da população não alérgica para a importância dessas informações. Pessoas públicas, como o ator Mateus Solano e o músico Toni Belloto participam da campanha. Um dos pontos que o grupo destaca é o fato de que o alérgico alimentar pode morrer dependendo do grau de sensibilidade.
Os organizadores da campanha assinalam que destacar no rótulo a indicação de ingredientes e também dos vestígios de substâncias que podem causar reações é importante porque nas indústrias alimentícias há uma prática comum de compartilhamento de maquinário para a fabricação de vários produtos.
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