Ciência e Saúde

Quase 40% das reações alérgicas se relacionam a erros na leitura de rótulos

Alergia alimentar é coisa séria e até mata. Diante disso, famílias criam movimento na internet para transformar em lei a obrigatoriedade de informações específicas nas embalagens dos produtos

Valéria Mendes
postado em 09/04/2014 06:03

Reprodução internet

Belo Horizonte ; A alergia alimentar deve ser levada a sério. Os riscos de choque anafilático e fechamento de glote, entre outras reações graves, existem e fazem vítimas Brasil afora. Pesquisa desenvolvida na Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), em 2009, mostra que 39,5% das reações alérgicas estão relacionadas a erros na leitura de rótulos dos produtos. A alergia alimentar atinge 8% das crianças e entre 3% e 5% dos adultos.

Um estudo feito em uma década nos Estados Unidos (1997-2007) indicou aumento de 18% nos casos de alergia alimentar na faixa etária até 18 anos. Diante da ausência no Brasil de uma legislação específica para a elaboração dos rótulos de alimentos, de forma que indiquem a presença de ingredientes considerados mais potentes para desencadear uma reação alérgica (oleaginosas e lactose, por exemplo), cerca de 600 famílias se mobilizaram nas redes sociais e criaram a campanha #poenorotulo, que tem o objetivo de tornar obrigatória a rotulagem correta e completa dos alimentos no país.



A ação na internet (que pode ser acessada pelo www.facebook.com/#poenorotulo) quer também chamar a atenção da população não alérgica para a importância dessas informações. Pessoas públicas, como o ator Mateus Solano e o músico Toni Belloto participam da campanha. Um dos pontos que o grupo destaca é o fato de que o alérgico alimentar pode morrer dependendo do grau de sensibilidade.

Os organizadores da campanha assinalam que destacar no rótulo a indicação de ingredientes e também dos vestígios de substâncias que podem causar reações é importante porque nas indústrias alimentícias há uma prática comum de compartilhamento de maquinário para a fabricação de vários produtos.

A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação