Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Remédio em desenvolvimento no Brasil pode combater o Parkinson

Medicamento da Universidade de São Paulo se mostra capaz de combater os tremores que costumam acompanhar a doença. Testes em humanos podem começar este ano



O medicamento em teste reduz os tremores, que ocorrem principalmente nas mãos, em pacientes com a doença. A droga auxilia o organismo a evitar a perda de neurônios que produzem uma substância responsável pela comunicação entre as células nervosas. Os efeitos do tratamento, conforme a professora, geralmente aparecem entre quatro e 10 anos de uso da droga que combate a doença. A expectativa de Del-Bel, doutora em farmacologia, é que os testes em humanos comecem entre seis meses e um ano.

Os movimentos involuntários anormais e repetitivos do corpo, presentes no Parkinson, são chamados de discinesias. Estudos apontam que essa disfunção pode ser controlada com a regulação do neurotrasmissor óxido nítrico, um gás que atua na comunicação entre neurônios e está presente no sistema nervoso central nas regiões do cérebro afetadas pela doença. Tanto o óxido nítrico quanto a dopamina, outro neurotrasmissor, agem em conjunto para que os movimentos do corpo sejam realizados devidamente. Em pessoas com Parkinson, há uma diminuição progressiva dos neurônios ligados à dopamina, afetando os movimentos. O tratamento atual consiste, principalmente, em um medicamento à base de L-Dopa, substância precursora da dopamina, ou seja, o paciente recebe o remédio, e o organismo transforma a substância no neurotransmissor dopamina, melhorando os sintomas da doença de Parkinson (lentidão dos movimentos, dificuldade de caminhar, etc.).

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