Ciência e Saúde

Análise desmente a versão de que lenço contém amostra do sangue de Luís XVI

A peça onde foi guardado o lenço: genoma não aponta as características do monarca

Paloma Oliveto
postado em 26/04/2014 08:05
A peça onde foi guardado o lenço: genoma não aponta as características do monarcaUm rei destronado, uma cabeça cortada, uma gota de sangue, uma relíquia conservada por gerações, um mistério de 200 anos. Todos os elementos dignos de um best-seller. Finalmente, agora se tem o epílogo. Frustrando a família bolonhesa que preservava o objeto histórico, pesquisadores espanhóis descobriram que um lenço manchado com o que seria o sangue de Luís XVI e colhido direto da guilhotina não tem relação com o monarca, deposto na Revolução Francesa e executado em 21 de janeiro de 1793.



Mais que a descoberta em si, chama a atenção a novela da relíquia real, motivo de controvérsia e alvo de diversos estudos científicos que buscam sua veracidade. A história da cabaça de madeira ornamentada contendo o pedaço de pano teve início em uma manhã gelada de inverno parisiense. Às 8h, o rei francês foi conduzido em uma carruagem escoltada por 1,2 mil guardas da Torre do Templo à Praça da Concórdia. A viagem de duas horas foi feita em silêncio, conforme o testemunho do padre Henry Essex Edgeworth, confessor do monarca.

Ao chegar ao último degrau do cadafalso, Luís XVI pisou firme e ouviu o toque dos tambores. ;Morro inocente de todos os crimes de que fui acusado. Perdoo aqueles que ocasionaram minha morte e rezo a Deus que o sangue que vocês vão derramar jamais seja cobrado da França;, discursou. Às 10h22, sua cabeça era exibida, sem o corpo, à multidão que, como ensandecida, gritava: ;Viva a República!”.

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