Isabela de Oliveira
postado em 28/04/2014 06:00
É difícil imaginar uma meta mais importante do que garantir alimentos para toda a população mundial, projetada para ultrapassar os 9 bilhões de pessoas em 2050. O aumento no número de habitantes do planeta exigirá que a produção agrícola seja aproximadamente duas vezes maior que a atual. E o desafio fica ainda mais complicado quando se busca aliar a ampliação das lavouras com a preservação ambiental, outra medida fundamental para garantir a existência humana.
Propor formas de impulsionar o progresso nos campos sem destruir a natureza é o objetivo de um relatório recém-lançado pelo Climate Focus and California Environmental Associates, consultoria norte-americana na área ambiental. O documento destaca 12 estratégias-chaves (veja quadro) para garantir a segurança alimentar e a estabilidade econômica sem prejudicar os ecossistemas ou o clima ; as medidas, dizem os especialistas, poderiam reduzir as emissões de gás carbônico em mais de 5t por ano até 2030.
A matemática não é simples porque, embora o desenvolvimento econômico seja acompanhado de poluição, ele é também seguido de redução da pobreza. Aproximadamente dois terços da demanda global de alimentos nas próximas décadas, por exemplo, virá da África Sub-Saariana e do sul asiático. Os países dessas regiões devem crescer até 70% nos próximos 36 anos, exigindo maior investimento em biocombustíveis e ração, artigos que impulsionam o avanço rápido das culturas de milho e cana-de-açúcar.
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