Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Pesquisa aponta que filtragem da fumaça no narguilé não funciona

Experimento feito com 55 fumantes nos Estados Unidos comprova que o dispositivo não elimina as substâncias causadoras de câncer, doenças cardíacas e respiratórias



Os voluntários tinham entre 18 e 48 anos e foram instruídos a não usar qualquer tipo de fumo por uma semana. No fim desse período, forneceram uma amostra de urina para a referência inicial. Em seguida, foram orientados a passar uma noite usando o narguilé em um bar de preferência. Logo após a visita, entregaram uma nova amostra de urina e preencheram um formulário com as informações detalhadas sobre a sessão de fumo, incluindo o tempo total gasto, o número de pratos de tabaco usados e de pessoas que compartilharam o dispositivo. Os participantes forneceram ainda uma primeira amostra de urina na manhã seguinte, o que ajudou os pesquisadores a estimar o apuramento das substâncias químicas relacionadas com a atividade. Pela coleta de dados, descobriu-se que eles passaram em média 74 minutos fumando e fumaram 0,6 prato de tabaco por pessoa.

Após uma única noite de tabagismo, as pessoas apresentaram um aumento de 73 vezes de nicotina na urina; quatro vezes de cotinina (metabólico produzido pelo corpo ao ser exposto à nicotina); duas vezes de NNAL e NNK, substâncias que podem causar câncer de pulmão e de pâncreas. O incremento nos produtos de degradação de compostos orgânicos voláteis, como benzeno e acroleína, ficou entre 14% e 91%. Eles são conhecidos por também causar câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias. ;O aumento significativo nos níveis de nicotina levanta preocupações sobre a dependência potencial de fumar cachimbos com água e possíveis efeitos sobre o cérebro em desenvolvimento de crianças e jovens que compartilham os filtros de água;, alerta St.Helen.

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