Paloma Oliveto
postado em 18/05/2014 08:00
O arsenal anti-idade nunca teve tantas opções. A fonte da juventude está ao alcance de qualquer um ; nas prateleiras das farmácias, basta escolher entre uma infinidade de cremes, séruns e loções. Sem contar com procedimentos de consultório, como substâncias preenchedoras de rugas e lasers que apagam manchas senis. Contudo, enquanto o botox disfarça as marcas superficiais do tempo, dentro do organismo, o relógio não para. Por isso, cientistas que investigam a longevidade estão cada vez mais empenhados em descobrir quais são e como agem os genes do envelhecimento, em conjunto com outros fatores.
Hoje, as pesquisas não se restringem à identificação de um grupo de genes responsáveis por encurtar ou alongar a vida. Os estudos se concentram na interação do DNA com questões ambientais, explica Chen-Tseh Zhu, biólogo da Universidade de Brown e autor de um artigo publicado recentemente no jornal PLoS Genetics que analisa essa relação. ;O envelhecimento é um processo muito complexo, há muitas células, muitos genes e muitas questões externas contribuindo simultaneamente para isso;, diz. ;Ao observar quais são essas relações, podemos, por exemplo, entender como determinado perfil genético vai responder a certos tipos de alimentação, aumentando ou não a expectativa de vida. Estudos que levam em conta fatores únicos ; genéticos ou dietéticos ; geralmente não chegam a resultados satisfatórios;, diz.
De acordo com David Rand, pesquisador da Universidade de Yale especializado em DNA mitocondrial e coautor do artigo, tradicionalmente, o foco dos estudos de longevidade tem sido procurar um gene que aumente a expectativa de vida ou identificar uma dieta que faça o mesmo. ;As investigações genéticas estão nos ensinando muitas coisas a respeito da biologia do envelhecimento;, reconhece. ;Mas, sozinho, um gene ou um par de gene não vai determinar a longevidade. Nós temos que entender melhor como a ingestão calórica, por exemplo, desencadeará a resposta metabólica desses genes;, afirma Rand. Ele faz um paralelo com a medicina personalizada. Da mesma forma que, no futuro, acredita-se que o genoma vai nortear o tratamento de cada paciente, o biólogo aposta que as receitas de longevidade dependerão do perfil de DNA individual.
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