Bruna Sensêve
postado em 21/05/2014 08:37
Para muitos casais, o desejo de ter um bebê pode significar uma angustiante e longa espera entre inúmeras tentativas, até laboratoriais, nem sempre com resultado positivo. O encontro entre óvulo e espermatozoide, nesses casos, pode não ser tão direto e simples. A estrada abriga uma gama praticamente infinita de fatores capazes de dificultar a fecundação. Nessa conta, uma substância mais famosa em outras especialidades médicas começa a ganhar a atenção especial: o colesterol. Um estudo feito por pesquisadores do National Institutes of Health, da Universidade de Buffalo, e da Universidade de Emory, ambas nos Estados Unidos, mostra que casais com níveis mais elevados de colesterol levaram mais tempo para conseguir engravidar que aqueles com taxas normais da substância.No trabalho, publicado hoje na versão on-line do Jornal de Endocrinologia e Metabologia Clínica, pouco mais de 500 casais com o desejo de engravidar foram acompanhados de 2005 a 2009. Eles faziam parte do Estudo Longitudinal de Investigação da Fertilidade (Life), criado para investigar a relação entre fertilidade e exposição a substâncias químicas ambientais e o estilo de vida. As voluntárias tinham entre 18 e 44 anos, e os homens mais de 18. Nenhum deles estava sob tratamento para infertilidade. Tinham em comum apenas o desejo de ter um bebê. O acompanhamento durou até a gravidez ou por um ano de tentativas. Foram fornecidas amostras de sangue regularmente para a medição do colesterol livre circulante.
Diferentemente do que é feito em outros exames de colesterol, no caso da busca pela interferência da quantidade dele na fertilidade de indivíduos, não é necessário diferenciá-lo entre os seus tipos: o HDL (conhecido como colesterol bom), o LDL (o colesterol ruim) e os triglicerídios. Segundo os pesquisadores, o colesterol no sangue pode estar relacionado com a fertilidade devido à maneira que o corpo o utiliza para fabricar os hormônios sexuais, como a testosterona e o estrogênio. Por esse motivo, saber a função de cada partícula não faz diferença ; quesito essencial na busca por fatores de risco para doenças cardiovasculares, por exemplo.
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