Ciência e Saúde

Estudo aponta que procrastinação pode ser influenciada pela genética

Estudo feito com gêmeos sugere também que o costume está relacionado com traços de impulsividade

Isabela de Oliveira
postado em 22/05/2014 06:00
Estudo feito com gêmeos sugere também que o costume está relacionado com traços de impulsividade

Procrastinação: atraso voluntário, porém irracional, de uma atividade; marcar para outro dia; adiar ou, vulgarmente dizendo, enrolar. Os dicionários têm muitas definições para o costume de ;empurrar com a barriga;, mas só quem sofre com a mania de deixar para daqui a pouco sabe os prejuízos que o hábito pode causar. As razões que levam uma pessoa a agir dessa maneira ainda são desconhecidas, e muitas teorias tentam explicar o comportamento. Um estudo recente encontrou evidências de que ele pode estar marcado no DNA das pessoas, além de estar ligado à impulsividade.

Ele partiu de estudos conduzidos desde o início da década de 1990 que encontraram uma correlação positiva entre o adiamento de tarefas e traços impulsivos. Apesar de, para o senso comum, as duas características parecerem opostas, o autor conta que 20 anos de análises produziram evidências substanciais de que elas costumam ocorrer juntas.

Para investigar o tema, Daniel Gustavson, da Universidade de Colorado Boulder (EUA), aplicou questionários em 181 pares de gêmeos monozigóticos, ou idênticos, e 166 dizigósticos, ou fraternais. Os quase 700 participantes responderam a perguntas relacionadas às influências da impulsividade e da procrastinação em suas vidas, além da capacidade de planejar suas ações. Os resultados mostraram uma coincidência muito maior entre os gêmeos idênticos, que compartilham 100% do material genético do que no outro grupo, no qual o compartilhamento do genoma é de 50%.

Em outras palavras, nos irmãos monozigóticos, quando um deles costuma procrastinar, a chance de ou outro também ter um traço semelhante é muito maior do que entre os dizgóticos. Isso, segundo, o pesquisador, indica um importante papel genético nessa característica, já que fatores ambientais parecem pesar sobre os dois grupos de maneira muito parecida, uma vez que gêmeos, sendo idênticos ou não, recebem uma educação muito semelhante desde o início da vida.

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