postado em 03/06/2014 06:55
A intenção é ajudar o outro, mas há um benefício também para o voluntário. Quando ele é jovem, ao praticar boas ações, trabalha em prol da própria saúde mental. Segundo a pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a experiência reduz os riscos de depressão nesse público. Para chegar à conclusão, os cientistas acompanharam adolescentes durante um ano em relação à sensibilidade neural para os sentimentos de hedonia e eudaimonia.
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Essas sensações foram nomeadas pelo filósofo Aristóteles, que indicou a hedonia como a busca pelo prazer ; envolve, por exemplo, ouvir música ou comer um chocolate; e a eudaimonia como a busca por significados e propósitos ; englobando, nesse caso, a disponibilidade para doar uma parte do tempo a outras pessoas. Nos jovens voluntários, percebeu-se que a ativação da hedonia indicou aumento de sintomas depressivos. A da eudaimonia, o efeito contrário. ;As pessoas que sentem prazer por meio de atividades eudamônicas têm maior tendência de se engajar em atividades que as fazem se sentir valorizadas, o que aumenta a saúde mental delas;, explica Adriana Ganván, integrante do estudo.
O estudante Daniel Ramos, 20 anos, conseguiu juntar essas respostas com os planos de carreira. O estudante de medicina na Universidade de Brasília (UnB) participa de vários projetos voluntários. Destaca o Saúde Integral em Famílias Carentes no Distrito Federal. Fruto de uma parceria entre a universidade e a Igreja Presbiteriana de Brasília, o projeto faz com que os alunos prestem auxílio a famílias de maneira integral, do reforço escolar ao apoio terapêutico.