Pusey lembra que várias evidências sugerem que as aranhas, em geral, evoluíram em condições de privação alimentar e, por isso, podem passar por longos períodos de tempo em jejum e consumir grande número de presas quando há disponibilidade. Atualmente, essa situação não é muito diferente, e a maioria das espécies vive em estresse alimentar na natureza. ;Assim, é de se esperar que características morfológicas e comportamentais evoluam para aumentar a habilidade de captura de presas, minimizando o gasto energético para isso;, explica o zoólogo. Esses animais têm um intestino estreito e são capazes de digerir somente alimentos líquidos. Por isso, possuem filtros que impedem os sólidos de serem absorvidos e poderosas enzimas capazes de liquefazer a presa por completo, para, aí então, digerir o alimento.
Além das cinco famílias observadas na natureza, três outras se mostraram capazes de comer peixes em laboratório. ;Todas são aranhas semiaquáticas, que normalmente habitam a margem de córregos de água doce superficial, lagos ou pântanos;, explica Martin Nyffeler. O grande número de descobertas sugere que os peixes são presas ocasionais, mas de grande importância nutricional, dada a dificuldade de se encontrar comida.
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