Ciência e Saúde

Empresa americana planeja iniciar viagens turísticas à Lua em 2017

Duas pessoas já reservaram as passagens, que custam US$ 150 milhões cada

Isabela de Oliveira
postado em 22/06/2014 06:00
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A história da humanidade pode ser contada na forma de um longo diário de bordo. Desde que surgiu na África, entre 150 mil e 200 mil anos atrás, o Homo sapiens não parou de viajar e desbravar novos mundos. Depois de ganhar todo o planeta, o homem começou a imaginar que talvez pudesse visitar corpos celestes diferentes. Até agora, poucos privilegiados chegaram ao mais próximo deles, a Lua. Mas esse feito deve, em breve, tornar-se algo mais trivial. A partir de 2017, qualquer pessoa com dinheiro suficiente para bancar a jornada poderá circular o satélite natural da Terra a bordo de uma espaçonave.

O projeto é da Space Adventures, que já levou turistas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A companhia anunciou nessa semana que dois clientes já efetuaram os depósitos de US$ 150 milhões cada para a viagem de duas semanas, que deve incluir algumas voltas ao redor da Terra e uns dias na ISS. Eles devem seguir a bordo de uma nave russa Soyuz capitaneada por um cosmonauta profissional. O nome da dupla de desbravadores não foi revelado.



Tom Shelley, presidente da Space Adventures, disse em um encontro do National Space Club Florida Committee que o valor total da viagem (US$ 300 milhões) não é absurdo. ;Quando você coloca o valor ao lado da perspectiva do programa Apollo e do custo de acesso ao espaço, é realmente muito acessível;, defendeu. Atualmente, a empresa sediada no estado da Virgínia trabalha em parceria com engenheiros russos para adaptar a Soyuz à nova missão. Deverá ser adicionada à estrutura outro módulo de habitação para oferecer mais espaço aos turistas, que serão acomodados em cadeiras feitas sob medida. O escudo de calor, que protege os da radiação espacial, também será reforçado.

;Os voos espaciais incluem muita coisa que a maioria das pessoas não sabe. Além de condições difíceis, como falta de espaço e gravidade, há o problema da radiação, que pode ser comparada à do reator de Chernobyl. Ela atravessa a nave e altera o sistema nervoso;, diz Guilherme Pereira, coordenador do Núcleo de Astronomia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco. Apesar da reforma, a estrutura básica da Soyuz deverá continuar a mesma usada para transportar cargas e astronautas para a ISS. Segundo Shelley, a companhia também espera ampliar os passeios turísticos à estação, que saem por US$ 52 milhões.

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