Ciência e Saúde

Estudo: bactéria entra em estado de latência para escapar de antibiótico

Pesquisa mostra que micro-organismo entra em estado de latência durante a ação da droga e volta a se multiplicar depois que o remédio não está mais no organismo. Dessa maneira, o invasor desenvolve tolerância ao tratamento e se torna mais perigoso

postado em 27/06/2014 06:00
O maior problema enfrentado por médicos em relação ao tratamento de doenças causadas por infecções bacterianas é a crescente capacidade desses microrganismos de sobreviverem à ação de antibióticos. Algumas espécies são responsáveis por epidemias globais, como a Escherichia coli, que causa desde intoxicação alimentar até meningite e septicemia, problema com alta taxa de mortalidade. Um novo estudo, publicado na edição desta semana da revista Nature, traz uma importante informação sobre como a E. coli se comporta na presença dos remédios que buscam matá-la, o que deve ajudar a desenvolver novas estratégias de combate.

No estudo, os autores fizeram experimentos em culturas de bactéria para observar como esses seres se comportavam durante uma aplicação de antibióticos. De acordo com Nathalie Balaban, líder do trabalho e pesquisadora da Universidade Hebraica (Israel), o objetivo era adquirir mais conhecimento sobre de que maneira a E. coli evolui sob essas circunstâncias.



Os resultados obtidos apontam para uma tolerância maior dos micro-organismos aos medicamentos, mas não a uma maior resistência. Em outras palavras, a bactéria não se torna propriamente imune à ação dos medicamentos, mas encontra uma maneira de suportar sua ação até que ele saia do organismo e ela possa voltar a se multiplicar. ;O estudo permite o desenvolvimento de tratamentos e protocolos diferenciados que podem ajudar na prevenção dessa evolução da tolerância;, acredita Balaban.

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Mutações
O método seguido pelos pesquisadores foi executado da seguinte forma: em laboratório, as culturas de E. coli eram expostas a concentrações altas de ampicilina e tinham seu comportamento monitorado. A droga era inserida no sistema por um tempo e depois retirada, simulando assim um tratamento no corpo humano, quando a droga circula no organismo por um tempo até ser eliminada e, então, uma nova dose é aplicada.

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