Isabela de Oliveira
postado em 28/06/2014 07:30
O futuro não cai de paraquedas. Ele é criado a todo tempo, inclusive agora, por decisões individuais e coletivas. São as escolhas do presente que podem favorecer ou não a sobrevivência de genes, famílias, organizações, nações, ecossistemas. O problema é que pensar nas próximas gerações, muitas vezes, requer sacrifícios imediatos e trabalho conjunto ; uma disposição que nem todos têm. Como resolver esse desacordo? De acordo com uma pesquisa realizada na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a melhor estratégia é apostar na boa e velha democracia.
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Para chegar a essa conclusão, a equipe liderada por Oliver Hauser desenvolveu um jogo on-line que media a capacidade de cooperação entre gerações. Cada partida reunia cinco jogadores, que precisavam administrar 100 unidades de recursos naturais para resolver certas questões. O grupo, porém, tinha a missão de usá-los de maneira que sobrassem recursos para a geração seguinte. E eles só eram transmitidos caso a equipe conseguisse preservar pelo menos metade deles.
O experimento revelou que a maioria dos participantes estava disposta a se sacrificar para beneficiar quem viesse depois, mas dentro de um contexto chamado por Hauser de ;cooperação condicional;. Ou seja, as pessoas aceitam abrir mão de benefícios para pensar a longo prazo desde que acreditem que todos estão fazendo o mesmo. Muitas vezes que os jogadores fizeram escolhas egoístas, eles supunham que os demais agiriam de forma semelhante.