Augusto Pio - Especial para o Correio
postado em 30/06/2014 08:00
Belo Horizonte ; A hiperplasia prostática benigna (HPB) é um transtorno comum em homens com mais de 50 anos, chegando a atingir 80% deles. A doença caracteriza-se pelo aumento da próstata, comprimindo a bexiga e obstruindo parcial ou totalmente a uretra, prejudicando, assim, o fluxo normal da urina. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), o problema acomete cerca de 14 milhões de brasileiros. Para tratá-lo, há a tradicional cirurgia com corte, que exige um tempo maior de recuperação. Uma nova técnica minimamente invasiva ; ela vaporiza laser na glândula masculina ; tem surtido resultados consideráveis.
Trata-se da Greenlight laser therapy ; terapia da luz verde a laser, em tradução livre. ;Ela reduz o tempo de recuperação quando comparado à cirurgia tradicional. Outra vantagem é a diminuição média do tempo de internação: de três dias do método antigo para, em média, um dia com o laser;, compara Bernardo Pace Silva de Assis, urologista do Pace Hospital e coordenador do Departamento de Endourologia da Sociedade Brasileira de Urologia Regional de Minas Gerais. Segundo Assis, as primeiras gerações de equipamentos de laser empregadas em HBP, como o de neodymium-YAG, coagulavam o tecido iluminado, que nem sempre se desprendia e, por isso, não desobstruía a luz uretral.
O Greenlight, que usa o laser KTP e o triborato de lítio, produz vaporização imediata e não apenas coagulação das massas glandulares intrauretrais, promovendo ampla cavitação local. Outra vantagem da técnica é a possibilidade de sondagem vesical, a drenagem da urina por meio de sondas. Além disso, a ausência de sangramento permite o uso da técnica em pacientes ingerindo anticoagulantes e a maior proteção da equipe médica contra infecções transmitidas por contato com sangue de pacientes infectados. ;Nesse sentido, não deixa de ser significativo que tanto o Food and Drug Administration (FDA), órgão que regula medicamentos e tratamentos nos Estados Unidos, quanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil aprovaram o Greenlight para emprego em hiperplasia prostática benigna. Nos EUA, já existem mais de 500 equipamentos em uso clínico;, acrescenta Assis.
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