Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Conferência Internacional de Aids: ainda não há previsão para cura

Na Austrália, especialistas debatem avanços, mas não arriscam um palpite sobre a possibilidade de cura da Aids



O que seria o segundo caso de cura da história do HIV ; o primeiro foi o conhecido paciente de Berlim, que eliminou o vírus ao se tratar de leucemia com transplante de medula ; acabou não se confirmando. Há um mês, o bebê, infectado pela mãe soropositiva durante o parto, voltou a apresentar carga viral detectável na corrente sanguínea. A criança recebeu a primeira dose de antirretroviral com menos de 30 horas do nascimento. O medicamento foi mantido até o ano passado pela equipe de Persaud, quando a criança já estava com 18 meses. Mesmo depois de interrompido o tratamento, houve a surpreendente manutenção do vírus a taxas indetectáveis. Tudo indicava que, se o antirretroviral fosse dado de maneira muito precoce, não haveria tempo suficiente para o vírus atingir um reservatório ; onde poderia se esconder permanentemente e de forma latente (veja infografia).

Essa continua a ser uma das principais linhas de pesquisa para a cura da doença. Mesmo com a volta do vírus ao sangue da criança, os cientistas consideram a longa remissão um fato extremamente curioso. ;Aprendemos que essa infecção latente pode persistir por muitos anos e em estado total de dormência. Acompanhamos essa criança por mais de dois anos e nada foi manifestado nos testes mais sensíveis;, observa Persaud. Ela se mantém otimista quanto à remissão pediátrica e acredita que os dados recolhidos servirão para novos ensaios clínicos.

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