Isabela de Oliveira
postado em 04/08/2014 06:01
O filósofo grego Aristóteles escreveu que crânios grandes são indicativo de maldade. Os reflexos do caráter aparecem também nos traços do rosto. Pessoas com a face pequena, por exemplo, costumam ser constantes; com a larga, tendem à estupidez. Os mais corajosos, definiu o pensador, têm o rosto arredondado. Mais de dois milênios depois, a relação aristotélica das características faciais com a personalidade continua intrigante, inclusive para a ciência moderna. O avanço mais recente nesse sentido foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas) por pesquisadores da Universidade de York, no Reino Unido.Eles criaram um sistema computacional que verifica a maneira como alguns tributos faciais influenciam a primeira impressão que uma pessoa tem da outra. Não é, necessariamente, uma medição aristotélica do caráter. Entretanto, o sistema proposto pelo neurocientista Tom Hartley consegue prever, em 50% dos casos, que julgamento uma pessoa faz de outra com base em características sutis, como o tamanho do olho e a largura dos lábios.
;Por muitas razões, incluindo o uso cada vez mais generalizado de imagens de rosto nos meios de comunicação, é importante entender como surgem as primeiras impressões. Isso é particularmente necessário porque elas são formadas rapidamente e geram consequências;, destaca Hartley. Ele exemplifica que um mesmo comportamento pode ser interpretado como assertivo ou inseguro dependendo da sensação de domínio percebida no rosto de um indivíduo. ;Há desdobramentos, inclusive, nos processos eleitorais.;
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