Junia Oliveira/Estado de Minas
postado em 12/08/2014 08:46
Belo Horizonte - Eles representam 70% da superfície da Terra e ainda são um mistério para pesquisadores. Mas, aparentemente com infinitas possibilidades, os oceanos dão sinais de esgotamento de recursos e mostram saúde frágil. No Brasil, estudo revela que essas águas pedem atenção especial e urgente. Segundo o Índice de Saúde do Oceano do Brasil (OHI;Brasil, na sigla em inglês), elas receberam nota 60, de um total de 100, e o documento alerta que o impacto das atividades de hoje no futuro dos mares nacionais ainda é desconhecido.O OHI-Brasil, que demorou oito meses para ser concluído, foi publicado este ano e avaliou os 17 estados da costa brasileira, usando bases de dados disponíveis referentes a 2012. Ele estipula pontuação a partir da combinação de 10 metas relativas a questões ambientais, sociais e econômicas. Sob coordenação da pesquisadora Cristiane Elfes, do Departamento de Ecologia, Evolução e Biologia Marinha da Universidade da Califórnia Santa Bárbara (EUA), o estudo contou com a colaboração da ONG Conservação Internacional.
Uma análise do Brasil é importante porque o país tem uma das mais longas linhas de costa do mundo, alta diversidade biológica marinha e costeira e uma das maiores economias mundiais ; a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) nacional abarca 3.660.995km; do Atlântico. A ideia é transformar o estudo em um programa conduzido por instituições brasileiras.
O OHI-Brasil é uma variação regional do estudo global lançado em 2012, depois de dois anos de trabalho e mais de 60 pesquisadores envolvidos para compilar dados sobre as ZEEs de todos os países costeiros. Ele compara cientificamente e combina os elementos-chave de todas as dimensões da saúde do oceano ; biológica, física, econômica e social ; para medir a sustentabilidade do uso dos recursos e serviços oferecidos pelo oceano e pelos ambientes costeiros.
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