Vilhena Soares
postado em 12/08/2014 09:18
Durante o tratamento de pacientes que sofreram trombose arterial, há uma preocupação em torno do risco de sangramento. Remédios prescritos na terapia podem afetar as plaquetas, células do sangue responsáveis pela cicatrização, provocando a complicação. Buscando soluções para esse transtorno, cientistas de uma instituição norte-americana desenvolveram uma droga que evita as hemorragias e reduz consideravelmente as chances de problemas causados pelo infarto do miocárdio, consequência da trombose arterial. A droga foi testada com sucesso em animais pequenos e pode, no futuro, ser utilizada em humanos.;Analisamos os pacientes em tratamento do infarto agudo do miocárdio que foram submetidos à restauração do fluxo de sangue das artérias bloqueadas com o padrão atual de tratamento. Mas esse procedimento não impediu completamente que a trombose fosse recorrente nem ofereceu proteção satisfatória contra lesões cardíacas. Os fármacos antiplaquetários usuais também aumentaram o risco de hemorragia;, destaca, no trabalho, Douglas Moeckel, do Centro de Pesquisa Cardiovascular de Washington e um dos autores do estudo publicado na revista científica Science Translational Medicine.
Em busca de um efeito mais completo no sistema circulatório, a equipe criou a enzima APT102, desenvolvida com base em uma célula encontrada em mosquitos que possibilita aos insetos sugar o sangue sem gerar acúmulo de plaquetas. Os testes foram feitos com cachorros e ratos e apresentaram um resultado positivo. ;O tratamento nos animais com lesões simuladas diminuiu significativamente o tamanho do infarto em 81%, sem aumentar o sangramento;, destacou Moeckel.
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