Ciência e Saúde

Pesquisa sugere hidrogel para diminuir riscos de rejeição após transplante

O hidrogel, composto por tacrolimus, um imunossupressor conhecido, permanece inativo até identificar uma inflamação ou uma resposta imune no local de transplante

postado em 22/08/2014 06:02
Simulação de uma mão transplantada que recebeu o hidrogel inteligenteOs imunossupressores são medicamentos prescritos em caso de transplante para evitar que o organismo rejeite o órgão doado. Essas substâncias, no entanto, podem agredir rins e fígado devido ao excesso de toxinas que liberam. Uma tecnologia desenvolvida por um grupo internacional de cientistas surge como solução para esse problema: ela pode melhorar a aceitação da parte do corpo recém- recebida e reduzir os efeitos colaterais causados pelos remédios tradicionais.

Publicada na revista Science Translational Medicine, a pesquisa consiste em um hidrogel com capacidade de identificar a necessidade de ação dos imunossupressores e de direcionar a liberação deles apenas para os locais em que precisam agir. O material gelatinoso seria colocado no paciente logo após o transplante. No caso do estudo, a intenção é auxiliar no complexo processo de reconstrução de mãos em amputados ou pessoas que perderam a função do membro.



O hidrogel, composto por tacrolimus, um imunossupressor conhecido, permanece inativo até identificar uma inflamação ou uma resposta imune no local de transplante. A combinação de ações ; identificar a rejeição e agir especificamente sobre ela ; é, segundo os cientista, o segredo para o sucesso da técnica.

[SAIBAMAIS]Em experimento com camundongos, o hidrogel com tacrolimus impediu a rejeição do enxerto por mais de 100 dias. O feito é notável quando comparado aos 35 dias das cobaias que receberam apenas as doses do imunossupressor e aos 11 dias dos bichos não submetidos a tratamento. ;Essa abordagem segura e controlada funcionou por mais de três meses com uma única injeção contendo hidrogel;, conta Jeff Karp, um dos autores da pesquisa.

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