postado em 03/09/2014 06:01
Cientistas do Japão criaram uma técnica para o diagnóstico do ebola que chama a atenção pela rapidez e pela simplicidade. Segundo eles, a partir de uma amostra de sangue ou de outro fluído corporal, é possível detectar a contaminação pelo vírus em 30 minutos. O resultado do método em uso atualmente demora de uma a duas horas para ficar pronto.
;O novo exige apenas um equipamento que pode ser aquecido com uma bateria e custa algumas centenas de dólares (;) É mais simples que o atual e pode ser utilizado nos países em que não estão disponíveis os aparelhos caros de avaliação;, complementou Jiro Yasuda, pesquisador da Universidade de Nagasaki e líder do estudo, em entrevista à agência France-Presse.
O exame revela visualmente os genes específicos do vírus ebola. É baseado em técnicas já existentes que extraem o ácido ribonucleico (RNA) ; moléculas biológicas ligadas à codificação de genes ; de qualquer vírus presente em fluídos corporais. Cria-se, então, uma sequência de DNA. Colocada em um tubo de ensaio, ela é misturada a uma substância que, ao reagir com o sangue indica, em meia hora, a presença do patógeno. ;O teste está pronto para ser enviado;, disse Yasuda, em referência aos países da África Ocidental que enfrentam uma epidemia da doença. Segundo o cientista, porém, eles ainda não foram procurados pelas nações atingidas.
[SAIBAMAIS]Divulgado no último dia 28, o balanço mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que, desde dezembro, 3.069 casos da doença foram registrados, sendo 1.552 mortos. A contagem inclui os episódios de Guiné (430 mortes), Libéria (694), Nigéria (seis) e Serra Leoa (422).
O presidente dos EUA, Barack Obama, divulgou ontem um vídeo no qual se dirige aos países mais afetados, garantindo que ações conjuntas entre as nações podem frear as infecções. ;Conter essa doença não será fácil, mas sabemos como fazer isso;, disse. A OMS também anunciou que 31 pessoas morreram em decorrência do ebola na República Democrática do Congo, mas o vírus que está matando os congoleses é diferente do que atinge as outras nações.
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