postado em 10/09/2014 10:01
Não adiantaram os avisos que começaram a ser dados ainda na década de 1990. A humanidade não conseguiu reduzir a emissão das substâncias causadoras do aquecimento global. De acordo com um relatório divulgado ontem pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada às Nações Unidas, os gases que provocam o efeito estufa atingiram, em 2013, níveis recordes de concentração, o que prejudica não só a atmosfera como os oceanos.
Para os especialistas, isso significa que, apesar de o planeta ainda parecer saudável na maioria dos lugares, ele está em estado crítico e exige cuidado urgente. ;O alarme está tocando;, disse Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, durante a apresentação, em Genebra (Suíça), do boletim, o mais recente conjunto de dados sobre a concentração de gases do efeito estufa. ;Sabemos, com certeza, que o clima está mudando e que as condições meteorológicas estão se tornando mais extremas por causa das atividades humanas, como a exploração de combustíveis fósseis;, acrescentou Jarraud.
As observações da OMM destacam que as concentrações de dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e protóxido de nitrogênio (óxido nitroso, N20) atingiram níveis máximos em 2013. Além disso, a taxa de aumento do dióxido de carbono atmosférico, entre 2012 e 2013, representou o maior avanço em ritmo anual do período de 1984 a 2013.
No ano passado, a concentração de CO2 na atmosfera representava 142% do que era na época pré-industrial (ano 1750). As concentrações de metano e de protóxido de nitrogênio representavam, respectivamente, 253% e 121% na comparação. O boletim indica também que a capacidade da Terra de conservar a energia solar ou retorná-la ao espaço, um fenômeno que contribuiu para o aquecimento global, aumentou 34% entre 1990 e 2013, em consequência desses gases.
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