Paloma Oliveto
postado em 14/09/2014 08:07
O combate ao aquecimento do planeta tem de começar à mesa. O aviso é de um estudo publicado na revista Nature Climate Change. Ao analisarem dados sobre o uso da terra na agropecuária em um modelo que compara cenários climáticos para 2050, os autores concluíram que é preciso cortar a quantidade de carne no prato. De acordo com os pesquisadores ingleses e australianos, se o padrão de consumo dessa iguaria se mantiver, sozinho o setor de produção de alimentos alcançará ; caso não exceda ; o máximo de emissão de gases de efeito estufa previsto daqui a três décadas e meia.Leia mais notícias em Ciência & Saúde.
;Esse não é um argumento vegetariano radical;, avisa Keith Richards, professor de geografia da Universidade de Cambridge e um dos autores do estudo. ;Nosso argumento é o de que as pessoas devem ser mais sensíveis a essa questão, comendo quantidades menores de carne, o que, inclusive, é mais saudável e balanceado. Ao consumir carne com responsabilidade, você não só mantém as populações mais saudáveis, mas também reduz drasticamente pressões críticas sobre o meio ambiente;, afirma. Em média, das 2 mil calorias ingeridas diariamente por um adulto, quase 500 são de origem animal, diz Richards.
No fim do ano passado, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) alertou, em um relatório, que, para suprir a cadeia do setor agropecuário, são emitidas 7,1 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente por ano. Isso representa 14,5% do total de gases de efeito estufa lançados na atmosfera por atividades humanas.
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