postado em 20/09/2014 14:22
Vinte anos após o início das investigações pelo pesquisador Luis Antonio Pedreira Gonzaga, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é descoberta em uma faixa estreita de Mata Atlântica, no litoral da Bahia, uma nova espécie de pássaro (Scytalopus gonzagai) que, entretanto, já corre risco de extinção.
O biólogo especializado em ornitologia (estudo dos pássaros) Giovanni Nachtigall Maurício, professor do curso de gestão ambiental da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e primeiro autor do artigo de descrição da espécie, disse à Agência Brasil que os cálculos feitos durante a pesquisa de campo estimaram em quase 3 mil o número desses pássaros na região. O pássaro recebeu o nome de macuquinho-preto-baiano. A estimativa foi baseada no cálculo da área disponível e da densidade. A partir desses dados, os pesquisadores ampliaram as informações para toda a área possível.
;A gente fez um cálculo e, depois, uma ampliação, que indicou em torno de 2.888 pássaros na espécie. O cálculo foi o estopim para essa conclusão (de risco de extinção);, relatou o biólogo. Depois desses cálculos, a equipe de pesquisadores usou os critérios da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, a sigla em inglês), ;que são critérios universais para o estudo de espécies ameaçadas. O conjunto de critérios vai mostrar o grau de ameaça àquela espécie. Ela se enquadrou na categoria em perigo. Essa é uma categoria de ameaça oficial;.
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A regra geral estabelece que até 2.500 indivíduos, a espécie seria considerada criticamente em perigo; de 2.500 até 10 mil indivíduos, é considerada em perigo; e de 10 mil até 20 mil, é vulnerável.
Giovanni Maurício confirmou que o embrião da descoberta foi a pesquisa independente do professor da UFRJ Luiz Antonio Pedreira Gonzaga e amigos. Gonzaga acabou sendo homenageado ao batizar com seu nome a nova espécie brasileira. Naquela época, por volta de 1993, os pesquisadores acreditaram que se tratava de um macuquinho-preto comum, encontrado no Sul e no Sudeste do país. ;Por isso, ela não foi descrita naqueles primórdios;, explicou Maurício.
Segundo o especialista, a desconfiança de que era uma nova espécie começou em 2002. Constatou-se, então, que as medidas eram diferentes. ;A cauda era menor e a asa, maior;, disse Maurício. A cor foi outro fator de distinção. O ;Scytalopus gonzagai; apresenta ainda ritmo de canto mais forte e diferentes vocalizações.
Duas expedições feitas em 2004 e 2006, com o apoio da organização não governamental (ONG) Save Brasil , vinculada à Birdlife Internacional, da Inglaterra, e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, respectivamente, puderam investigar mais profundamente o pássaro, nas montanhas do sudeste da Bahia. As expedições confirmaram que era uma espécie nova e permitiram chegar à descoberta este ano.
Giovanni Maurício se baseia na Política Nacional da Biodiversidade para transmitir aos alunos a importância do tema para a vida no planeta. O professor decidiu retomar a descrição da espécie, que estava parada, ;até para mostrar aos alunos como a biodiversidade brasileira vai aumentando;. Ele pretende continuar fazendo a revisão desse gênero de aves porque está convicto de que há mais espécies novas a serem descritas. Maurício acredita que daqui a um ou dois anos serão descobertas mais espécies não ameaçadas de extinção, porque têm uma distribuição maior. ;A gente continua nesse trabalho;.
O biólogo especializado em ornitologia (estudo dos pássaros) Giovanni Nachtigall Maurício, professor do curso de gestão ambiental da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, e primeiro autor do artigo de descrição da espécie, disse à Agência Brasil que os cálculos feitos durante a pesquisa de campo estimaram em quase 3 mil o número desses pássaros na região. O pássaro recebeu o nome de macuquinho-preto-baiano. A estimativa foi baseada no cálculo da área disponível e da densidade. A partir desses dados, os pesquisadores ampliaram as informações para toda a área possível.
;A gente fez um cálculo e, depois, uma ampliação, que indicou em torno de 2.888 pássaros na espécie. O cálculo foi o estopim para essa conclusão (de risco de extinção);, relatou o biólogo. Depois desses cálculos, a equipe de pesquisadores usou os critérios da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, a sigla em inglês), ;que são critérios universais para o estudo de espécies ameaçadas. O conjunto de critérios vai mostrar o grau de ameaça àquela espécie. Ela se enquadrou na categoria em perigo. Essa é uma categoria de ameaça oficial;.
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A regra geral estabelece que até 2.500 indivíduos, a espécie seria considerada criticamente em perigo; de 2.500 até 10 mil indivíduos, é considerada em perigo; e de 10 mil até 20 mil, é vulnerável.
Giovanni Maurício confirmou que o embrião da descoberta foi a pesquisa independente do professor da UFRJ Luiz Antonio Pedreira Gonzaga e amigos. Gonzaga acabou sendo homenageado ao batizar com seu nome a nova espécie brasileira. Naquela época, por volta de 1993, os pesquisadores acreditaram que se tratava de um macuquinho-preto comum, encontrado no Sul e no Sudeste do país. ;Por isso, ela não foi descrita naqueles primórdios;, explicou Maurício.
Segundo o especialista, a desconfiança de que era uma nova espécie começou em 2002. Constatou-se, então, que as medidas eram diferentes. ;A cauda era menor e a asa, maior;, disse Maurício. A cor foi outro fator de distinção. O ;Scytalopus gonzagai; apresenta ainda ritmo de canto mais forte e diferentes vocalizações.
Duas expedições feitas em 2004 e 2006, com o apoio da organização não governamental (ONG) Save Brasil , vinculada à Birdlife Internacional, da Inglaterra, e da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, respectivamente, puderam investigar mais profundamente o pássaro, nas montanhas do sudeste da Bahia. As expedições confirmaram que era uma espécie nova e permitiram chegar à descoberta este ano.
Giovanni Maurício se baseia na Política Nacional da Biodiversidade para transmitir aos alunos a importância do tema para a vida no planeta. O professor decidiu retomar a descrição da espécie, que estava parada, ;até para mostrar aos alunos como a biodiversidade brasileira vai aumentando;. Ele pretende continuar fazendo a revisão desse gênero de aves porque está convicto de que há mais espécies novas a serem descritas. Maurício acredita que daqui a um ou dois anos serão descobertas mais espécies não ameaçadas de extinção, porque têm uma distribuição maior. ;A gente continua nesse trabalho;.