Luciane Evans
postado em 24/09/2014 11:05
Belo Horizonte ; Antes de chegar à mesa, os alimentos são submetidos a muitos processos. Desde etapas ligadas à própria fabricação do produto até procedimentos de qualidade e controle. A indústria precisa, por exemplo, atestar o sabor, o aroma, a textura, entre outros itens vendidos aos consumidores. É a análise sensorial ; quando um funcionário experimenta o que está sendo fabricado ; que cumpre esse papel. Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) propõem uma nova técnica. Segundo eles, ela é mais rápida, tem os mesmos resultados e pode, inclusive, melhorar o que chega às prateleiras dos supermercados.
Desenvolvido pela professora do programa de pós-graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFV Valéria Paula Rodrigues Minim e a pós-doutoranda Rita de Cássia Navarro Silva, o método, chamado Perfil Descritivo Otimizado (PDO), possibilita identificar e quantificar a intensidade dos atributos de aparência, aroma, sabor e textura de alimentos. A professora conta que, depois de ministrar, em indústrias, várias cursos sobre como montar uma equipe sensorial, ela teve a ideia de elaborar uma nova metodologia. Há seis anos, deu o pontapé inicial para o PDO. Desde então, artigos foram publicados em cinco periódicos internacionais, entre eles o europeu Food Quality and Preference.
Segundo Minim, atualmente, os experimentadores são treinados por três meses. ;Eles podem ser funcionários da empresa ou da região. O importante é que sejam consumidores em potencial para o produto;, diz. Durante o treinamento, o julgador tem que memorizar todas as características a serem avaliadas para poder analisar corretamente o alimento em questão. O método desenvolvido pela UFV propõe mudanças justamente no processo de treinamento.
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