Ciência e Saúde

No Brasil, cientista dos EUA recebe notícia sobre o prêmio Nobel de Química

Além de Moerner foram premiados outro norte-americano, Eric Betzig, e o alemão Stefen Hell

postado em 08/10/2014 12:00
Foi em Recife que o cientista William Moerner, da Universidade de Stanford, recebeu a notícia de que foi escolhido um dos três ganhadores do Prêmio Nobel de Química, nesta manhã de quarta-feira (8/10). Ele se preparava para participar do último dia do 3; Workshop Internacional sobre Fundamentos da Interação Luz-Matéria, que ocorre na capital pernambucana, quando recebeu uma ligação da esposa. O americano está no país desde o domingo (12/8) e deve voltar ainda hoje para os Estados Unidos.

Moerner desistiu de participar do encontro em Recife após receber inúmeras ligações

Segundo a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que organiza o evento, o cientista chegou a dar uma palestra na segunda-feira (6/10), entre 17h40 e 18h30. Hoje ele participaria como espectador, mas, após a divulgação da notícia ficou impossível sua presença no local. Devido às inúmeras ligações, ele preferiu não comparecer ao encontro.

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[SAIBAMAIS]Além de Moerner foram premiados outro norte-americano, Eric Betzig, e o alemão Stefen Hell, por trabalhos para criar um microscópio de alta resolução que permite estudar os tecidos moleculares. Os três cientistas recebem o prêmio pelo "desenvolvimento da microscopia de fluorescência de alta resolução", a chamada nanoscopia, conforme anunciou o júri.


O limite de 0,2 nanômetro (0,2 bilionésima parte de um metro) foi definido pelo alemão Ernst Abbe em 1873. Porém, mais de um século depois, o avanço da ciência permitiu superar a barreira. "Com a ajuda da moléculas fluorescentes, os vencedores do Nobel de Química 2014 superaram a limitação com engenhosidade. Seu trabalho pioneiro levou microscopia óptica à dimensão nanométrica", destaca o Comitê.



As pesquisas premiadas foram concluídas nos últimos anos. Stefan Hell, de 51 anos, diretor de dois prestigiosos institutos de pesquisas na Alemanha (em química e oncologia), apresentou no ano 2000 a técnica de microscopia de alta resolução STED (Stimulated Emission Depletion). Eric Betzig, de 54 anos, e William Moerner, de 61 anos, criaram, cada um de maneira separada, microscopia monomolecular ("single-molecule microscopy").

Os vencedores receberão o prêmio em 10 de dezembro em Estocolmo. Eles dividirão oito milhões de coroas suecas (1,1 milhão de dólares). O trio sucede o austro-americano Martin Karplus, o britânico-americano Michael Levitt e o israelense-americano Arieh Warshel, premiados em 2013 por trabalhos sobre a modelagem informática das reações químicas.

Com informações de Rodrigo Craveiro e France Presse

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