Ciência e Saúde

Novos braços mecânicos aumentam liberdade de movimentos delicados e bruscos

Dispositivos também reduzem a dor do membro fantasma

Roberta Machado
postado em 09/10/2014 09:10
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Novas pesquisas prometem restaurar a sensação de tato por meio de próteses totalmente integradas ao corpo de amputados. Os equipamentos, descritos hoje na revista Science Translational Medicine, foram testados em pacientes reais e provaram que a eficiência deles apenas melhora com o tempo de uso. Os braços mecânicos do futuro ficam conectados aos ossos e ao sistema neuromotor do usuário, dando mais liberdade de movimento e podendo ser usados para todo o tipo de tarefas, de segurar objetos delicados a cortar lenha.

Cientistas da Suécia com o paciente que testou a prótese ossointegrada: sem relato de desconforto

Pesquisadores de diversos hospitais de Ohio, nos Estados Unidos, acompanharam por vários meses a evolução de dois pacientes que tiveram os nervos cobertos por três eletrodos ligados diretamente a próteses mecânicas. Os voluntários haviam perdido o braço em acidentes industriais e, até então só, haviam usado próteses comuns. ;Eu tinha de olhar para tudo o que eu pegava e tomar cuidado para não apertar demais;, conta, em um vídeo, Igor Spetic, um dos participantes.

Com a nova interface, ele consegue identificar o toque de 19 pontos distintos da prótese e até mesmo diferenciar texturas, como a de uma lixa e a de um algodão. Essa é a primeira evidência a longo prazo de que o sistema neuroprostético mantém a eficiência depois de ser usado no ;mundo real;. Spetic passou dois anos e meio usando a mão artificial e adaptando-a ao seu tato.



Durante várias visitas ao laboratório, os pacientes pegaram diferentes objetos usando as novas próteses, ajudando os cientistas a traduzir o tato em uma linguagem computacional. A partir do relato dos voluntários, os cientistas desenvolveram algoritmos que convertiam os sinais dos sensores da prótese na sensação causada pelos estímulos correspondentes. ;Esse trabalho reativa áreas do cérebro que produzem a sensação de toque. Quando a mão é perdida, as conexões que ligam essas áreas são perdidas;, descreve, em um comunicado, Dustin Tyler, professor da Case Western Reserve University e principal autor da pesquisa.

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