Paloma Oliveto
postado em 02/11/2014 08:00
Eles já não são mais simples donos de cachorros. Hoje, muitos proprietários de animais de estimação preferem chamar seus xodós de ;filhos;. E não é só uma questão semântica: os pets ganham guarda-roupa próprio, dormem na cama dos ;pais;, ganham presente no Dia das Crianças ; enfim, ocupam um espaço privilegiado na família. Curiosas com essa relação construída com os bichos domésticos, uma equipe de pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, decidiu investigar se, além do coração, o cérebro reconhece os cachorros como filhos de verdade.
;Os animais domésticos ocupam um lugar especial no coração e nas vidas de muitas pessoas, e há evidências convincentes de estudos clínicos e laboratoriais de que interagir com pets pode ser benéfico para o bem-estar físico, social e emocional dos humanos;, defende Lori Palley, pesquisadora do Centro de Medicina Comparativa do Hospital e coautora do estudo. Ela lembra que a domesticação dos cães começou entre 18 mil e 32 mil anos atrás, e que a prática de dispensar cuidados paternais a eles é um comportamento comum em diferentes culturas, que provavelmente emergiu da necessidade evolutiva de tê-los como companheiros fiéis.
De acordo com Palley, aproximadamente dois terços dos lares americanos têm animais de estimação, e mais de US$ 50 bilhões são gastos anualmente com eles. No Brasil, há um cachorro para cada seis habitantes, e dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indicam que, nos últimos quatro anos, aumentou 17,6% a população de cães e gatos domésticos no país. ;Na mídia, os proprietários já são chamados de ;pais de pets; e metade deles consideram que seus animais são tão parte da família quanto qualquer outro integrante da casa;, afirma Palley, citando uma pesquisa de 2009.
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