postado em 12/11/2014 06:09
Belo Horizonte ; Na próxima sexta-feira, o foco de médicos e demais profissionais da saúde estará no diabetes, doença que acomete mais de 380 milhões de pessoas no mundo ; quase 12 milhões somente no Brasil ; e que tem projeções preocupantes. Organizado no Brasil pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o Dia Mundial de Controle do Diabetes terá como o principal objetivo incentivar campanhas de educação e prevenção. A urgência em conter o problema metabólico tem razões estatísticas: estima-se que, se continuar crescendo nos níveis atuais, até 2035, cerca de 592 milhões de pessoas de todos os continentes sofrerão com a enfermidade; uma a cada 10 adultos. Até lá, serão 10 milhões de novos casos por ano, ou seja, três novos diagnósticos a cada 10 segundos. O que mais assusta: 62% dos brasileiros apresentam pelo menos um fator de risco para o desenvolvimento dessa doença e 45% das pessoas desconhecem as mais simples práticas de controle, segundo a SBD. O diabetes ocorre quando o pâncreas não produz a insulina na quantidade suficiente para suprir as necessidades do organismo. Ou porque esse hormônio não consegue agir adequadamente (resistência à insulina). Assim, a insulina reduz a glicemia ao permitir que o açúcar que está presente no sangue penetre nas células para ser utilizado como fonte de energia. Se faltar esse hormônio ou se ele não agir corretamente, haverá aumento de glicose no sangue e, consequentemente, o diabetes.
De acordo com o endocrinologista Paulo Augusto Carvalho Miranda, presidente da regional mineira da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o diabetes se apresenta de duas formas. No tipo 1, que ocorre em cerca de 5% dos pacientes, o pâncreas perde a capacidade de produzir insulina devido a um defeito do sistema imunológico. Isso faz com que os anticorpos ataquem as células que produzem esse hormônio. No do tipo 2, mais comum ; atinge cerca de 90% dos pacientes ;, há uma combinação de dois fatores: a diminuição da secreção de insulina e um defeito na ação dela conhecido como resistência à insulina. ;Há ainda o diabetes gestacional, que apresenta alteração da glicemia durante a gestação (cerca de 17% das gestantes apresentam o problema), sendo que em 95% dos casos a glicose do sangue retorna ao normal após o parto; e outros tipos de diabetes mais raros com etiologias variadas;, complementa Miranda.
A matéria completa está disponível , para assinantes. Para assinar, clique .