Agência France-Presse
postado em 12/11/2014 15:15
Raipur - Várias manifestações foram realizadas nesta quarta-feira no centro da Índia para protestar contra a morte de 13 mulheres que foram esterilizadas no âmbito de uma campanha governamental.Outras 14 mulheres continuam em estado grave no estado de Chattisgarh, no centro do país, devido a complicações do procedimento. Cada uma recebeu uma indenização de 1.400 rúpias (cerca de 20 euros).
"As primeiras investigações sugerem que as mortes foram consequência de um choque séptico", disse à AFP um encarregado do governo local, Amar Thakur. "Parece que o material médico usado pode ter sido infectado. Estamos esperando o informe", afirmou o encarregado por telefone do distrito de Bilaspur, onde a operação foi realizada.
Após a cirurgia, que consiste na laqueadura das trompas uterinas e que foi feita via laparoscopia, as vítimas tiveram vômitos e queda de pressão.
Nesta quarta-feira (12/11), o balanço de vítimas subiu para 13, informou um funcionário local, explicando que outras mulheres esterilizadas nesta segunda-feira na região também sofrem complicações. "Seis mulheres do campo de Gorella sofreram complicações e estão sendo tratadas em Bilaspur", disse à AFP Sonmani Borah, encarregado do distrito.
Em Raipur, a capital de Chattisgarh, lojas e empresas fecharam as portas e dezenas de manifestantes pediram a demissão do chefe do Executivo do estado, Raman Singh.
Os manifestantes, a maioria de partidos de oposição, atacaram carros e gritaram palavras de ordem contra Singh. A esterilização é um dos métodos de planejamento familiar mais comuns na Índia, onde muitos estados organizam cirurgias maciças, geralmente em mulheres de áreas rurais.