Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Pouca informação sobre marca-passo faz com que pacientes façam restrições

Dá para atender o celular, viajar de avião e secar o cabelo usando o dispositivo que controla o ritmo cardíaco

Belo Horizonte - E agora, como será? A dúvida é bastante comum entre pacientes que precisam de um dispositivo eletrônico implantado no corpo para o coração voltar a bater no ritmo certo. A inquietação envolve atividades rotineiras, como usar o forno micro-ondas, viajar de avião e fazer atividades físicas. ;O maior problema não é nem o acesso ao marca-passo, é a falta de informação;, observa o cardiologista e eletrofisiologista (especialista em arritmia cardíaca) Bruno Valdigem. ;Tem gente que toma banho de caneca com medo do chuveiro elétrico, não tem relação sexual porque acha que o aparelho dá choque no parceiro e não fala no celular. Isso faz com que a qualidade de vida piore muito.;



É o que acontece com Regina Helena de Carvalho Sadala, 57 anos, dona de um coração que batia lentamente. ;Quem tem medo é porque está mal-informado. Hoje, nem lembro que tenho marca-passo. Viajo muito e, às vezes, esqueço que não posso passar pelo detector de metais, vou no automático;, conta a dona de casa.

Depois dela, mais dois irmãos tiveram que implantar o dispositivo. Animada, Regina faz questão de dizer que leva uma vida normal. Frequenta aulas de pilates, exercita-se em casa no aparelho elíptico e vai voltar a estudar para prestar concurso público. ;Fazendo atividade física, alimentando-se bem e cuidando bem das artérias, marca-passo não atrapalha em nada;, garante.

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