Belo Horizonte ; Grande produtor nacional de soros antipeçonhentos, a Fundação Ezequiel Dias (Funed), instalada no Bairro Gameleira, região noroeste da capital de Minas Gerais, acaba de renovar a linha de camundongos reprodutores utilizados na pesquisa e no controle biológico de vacinas. A substituição é fundamental para evitar o acasalamento de animais entre parentes próximos, mantendo a colônia não consanguínea (sem parentesco de sangue). Como resultado, uma leva de animais robustos, férteis e filhotes menos suscetíveis a doenças, com maior grau de confiabilidade para os estudos científicos.
Ao todo, são 228 camundongos, entre fêmeas e machos, adquiridos do Centro de Criação de Animais de Laboratório (Cecal) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Rio de Janeiro por meio de convênio da Rede Mineira de Bioterismo. De tempos em tempos, a renovação é recomendável. Localizada no Biotério de Criação, a colônia da Funed era mantida há 12 anos. Depois de um período de quarentena, o número de novos animais foi reduzido para 181 adultos. ;O processo de renovação é importante para termos ideia da dimensão da produção de animais no laboratório, que conta com três salas de produção;, explica Priscila Tavares, coordenadora do biotério da fundação.
Até junho deste ano, eram 200 bichos na Colônia de Funed. Com a chegada dos novos, a expectativa é de que o biotério aumente a produção: a média, por ano, é de 60 mil camundongos. Segundo a pesquisadora, a renovação na colônia para uma produção heterogênea demanda pouco tempo para que se evite a consanguinidade. Com o procedimento, iniciado em julho, a fundação espera ainda que seja possível aumentar o nível de fecundidade dos bichos.
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