Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Estudo confirma presença de substâncias cancerígenas em cigarro eletrônico

Os testes foram realizados com uma máquina que, a cada ocasião, realiza uma série idêntica de 15 aspirações, em 10 oportunidades, com o mesmo cartucho, com pausas

Tóquio - O vapor dos cigarros eletrônicos contém substâncias cancerígenas, em quantidades muito variáveis que podem superar as concentrações da fumaça do cigarro tradicional, segundo um estudo japonês divulgado nesta quinta-feira.



Os consumidores de cigarros eletrônicos no Japão são menos visíveis que os fumantes tradicionais e as lojas especializadas consideravelmente menos numerosas, mas a transição do tabaco para o vapor é um fenômeno crescente que provoca a preocupação das autoridades.


- "Uma séria ameaça" -


Em agosto passado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu aos governos que proibissem a venda de cigarros eletrônicos a menores de idade, alertando que eles se tratam de uma "séria ameaça" para os bebês que ainda não nasceram e para os jovens.

Apesar das poucas pesquisas sobre seus efeitos, a OMS disse que há provas suficientes "para alertar crianças e adolescentes, mulheres grávidas e mulheres em idade reprodutiva" sobre a utilização dos cigarros eletrônicos, devido "à exposição potencial para os fetos e os adolescentes da exposição à nicotina, com consequências de longo prazo para o desenvolvimento cerebral".

A OMS também afirmou que os cigarros eletrônicos devem ser proibidos nos espaços públicos fechados. Há alguns meses, as autoridades sanitárias americanas afirmaram que o número de jovens que provaram os cigarros eletrônicos triplicou entre 2011 e 2013.