postado em 02/12/2014 06:09
Reunidos em Lima, no Peru, 10,3 mil delegados de 195 países-membros das Nações Unidas começaram ontem as negociações do clima, com o objetivo de traçar políticas de redução das emissões dos gases de efeito estufa. Serão duas semanas de reuniões na COP 20, que não deveM terminar com decisões significativas. Na realidade, o que está em jogo, agora, é o rascunho da cúpula de Paris, marcada para dezembro de 2015. É na capital francesa que os líderes mundiais terão de chegar a um acordo vinculante, do mesmo porte do Protocolo de Kyoto, que já venceu.
Nos últimos anos, aumentou a consciência mundial a respeito das consequências devastadoras do aquecimento global, e os maiores poluidores ; Estados Unidos e China ; já reconheceram a necessidade de políticas que freiem esse fenômeno. Contudo, as emissões continuam subindo: 2,2% ao ano, segundo a ONU. A esse ritmo, a temperatura do planeta subirá 4;C em comparação ao século 19, colocando em risco não só os recursos naturais, mas a própria saúde humana, além de afetar gravemente a economia e a produção de alimentos.
Às vésperas da COP 20, a secretária executiva da convenção, Christiana Figueres, lançou mais um alerta. ;Nunca antes os riscos das mudanças climáticas se mostraram tão óbvios nem os impactos foram tão visíveis. Isso significa que podemos ficar confiantes de que teremos um encontro produtivo em Lima, que levará a um resultado efetivo em Paris, no ano que vem;, disse.
Contudo, as negociações não são fáceis. Enquanto os norte-americanos insistem na necessidade de todos os países serem obrigados a cortar emissões, o bloco das nações em desenvolvimento se recusa a ter metas vinculantes, alegando que não podem pagar uma conta acumulada pelos mais ricos, desde a revolução industrial.
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