Ciência e Saúde

Stephen Hawking diz que inteligência artificial pode acabar com humanidade

o cientista disse que esta tecnologia pode evoluir rapidamente e superar a humanidade, um cenário citado em filmes de ficção científica como "O Exterminador do Futuro" e "Blade Runner"

Agência France-Presse
postado em 03/12/2014 10:32
O físico teórico britânico Stephen Hawking acredita que o desenvolvimento da inteligência artificial pode significar o fim da humanidade.

Em uma entrevista à BBC, o cientista disse que esta tecnologia pode evoluir rapidamente e superar a humanidade, um cenário citado em filmes de ficção científica como "O Exterminador do Futuro" e "Blade Runner".

"As formas primitivas da inteligência artificial que já temos demonstraram ser muito úteis. Mas acredito que o completo desenvolvimento da inteligência artificial pode significar o fim da raça humana", disse o professor em uma entrevista à BBC transmitida na terça-feira.

"Quando os seres humanos desenvolverem completamente a inteligência artificial, ela pode progredir por si mesma, e se redesenhar a um ritmo cada vez maior", explicou.

"Os seres humanos, que estão limitados pela lenta evolução biológica, não poderão competir e serão substituídos", disse Hawking, considerado um dos cientistas vivos mais brilhantes.

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Isso não impede que Hawking, que está em uma cadeira de rodas por culpa de uma esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa, e que fala com a ajuda de um sintetizador de voz, seja um entusiasta das modernas tecnologias de comunicação.

Hawking lembrou que foi uma das primeiras pessoas a se conectar à internet e disse que ela forneceu benefícios, mas também prejuízos, citando a advertência do novo chefe da agência de espionagem eletrônica britânica de que a rede havia se convertido em um centro de comando para criminosos e terroristas.

"As empresas de internet têm que fazer mais para contrabalançar a ameaça, mas a dificuldade é fazer isso sem sacrificar a liberdade e a privacidade", disse Hawking, de 72 anos.

Hawking testou na terça-feira um novo programa desenvolvido pela Intel que incorpora um texto previsível que lhe permitirá escrever mais rápido. Ele estará disponível on-line para ajudar as pessoas com doenças motoras.

Embora tenha recebido com satisfação as melhorias, o cientista disse que havia decidido não mudar sua voz robótica. "Converteu-se em minha marca e não a mudaria por uma voz mais natural com um sotaque britânico", disse. "Disseram-me que as crianças que precisam de uma voz de computador querem uma como a minha", afirmou.

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