Ciência e Saúde

Pesquisa identifica 98 novas espécies de besouros na Indonésia

Os animais foram identificados por cientistas alemães e indonésios nas florestas tropicais que ainda resistem ao avanço do turismo na região

postado em 23/12/2014 07:24
Besouro Trigonopterus attenboroughi. A espécie foi nomeada em homenagem a Sir David Attenborough

Outra prova de que ainda há uma infinidade de espécies a serem identificadas pela ciência é a descrição de quase uma centena de novos besouros descobertos na Indonésia neste ano, publicada na revista especializada ZooKeys. São 98 tipos de insetos pertencentes ao gênero Trigonopterus, encontrados em Java, Bali e outras ilhas do arquipélago transcontinental. Há ainda uma 99; espécie, a Trigonopterus amphoralis, que já havia sido coletada para a coleção de um museu, mas era considerada perdida desde 1922 ; todas as outras são completamente inéditas e nunca haviam sido vistas por um ser humano.

Leia mais notícias em Ciência e Saúde

Para essa pesquisa, os cientistas colheram cerca de 4 mil espécimes e registraram os hábitos dos animais. Apenas parte do DNA de pouco mais de 700 insetos foi sequenciada, tornando o processo de identificação mais eficiente e ágil. Os bichos também foram fotografados e descritos em um catálogo virtual, onde receberam nomes que podem fazer referência ao local onde vivem, a adjetivos latinos, aos nomes dos autores das descobertas e até mesmo a números indonésios.

A lista inclui, ainda, o pequeno besouro Trigonopterus attenboroughi. A espécie foi nomeada em homenagem a Sir David Attenborough, naturalista britânico conhecido por apresentar documentários sobre história natural na rede britânica BBC e que também era irmão do falecido ator Richard Attenborough (de Jurassic Park).

Vulneráveis

Os animais foram identificados por cientistas alemães e indonésios nas florestas tropicais que ainda resistem ao avanço do turismo na região. Muitas das espécies são restritas a áreas muito reduzidas e encontradas em uma única localidade. Como esses besouros são pequenos e não têm asas, os pesquisadores acreditam que eles tendem a permanecer por milhões de anos na mesma região. Isso significa que esses animais são extremamente vulneráveis a mudanças no hábitat e, por isso, correm risco de extinção.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação