Ciência e Saúde

Albert Einstein impressionava a todos pelo bom humor e engajamento político

Não bastasse ser o maior físico da história, o cientista era reconhecido também pela incondicional defesa da paz

Paloma Oliveto
postado em 05/01/2015 08:00
Não bastasse ser o maior físico da história, o cientista era reconhecido também pela incondicional defesa da paz
Durante quatro décadas, o patologista Thomas Harvey manteve, em um pote de vidro, um estranho objeto roubado. Isso lhe custou o emprego, o casamento e a estabilidade. Como um nômade, o ex-médico passou todo esse tempo cruzando os Estados Unidos, sem se desfazer do ;tesouro;. Apenas em 1997 abriu mão do conteúdo do recipiente. Naquele ano, decidiu que era hora de devolver à família de Albert Einstein algo que havia sido subtraído do gênio: o cérebro dele.

Em 17 de abril de 1955, Einstein deu entrada no Hospital de Princeton, em Nova Jérsei, Estados Unidos, reclamando de dor no peito. Aos 76 anos, o coração do então professor do Instituto de Estudos Avançados da universidade local estava prestes a parar. O incansável cientista trabalhava em um artigo sobre o aniversário do Estado de Israel, fundado sete anos antes, e levou para o hospital o rascunho do texto. Não houve tempo de concluí-lo. Na manhã seguinte, a veia aorta de Einstein rompeu-se, e ele morreu sem intervenções cirúrgicas desnecessárias, do jeito que planejou: ;Quando for hora de partir, farei isso com elegância;.



Thomas Harvey era o patologista de plantão e coube a ele autopsiar o corpo do cientista. Sem que ninguém ordenasse ou soubesse, retirou os olhos e o cérebro de Einstein. Os globos oculares foram enviados a um oftalmologista amigo do médico. Mas o órgão símbolo da genialidade, ele guardou a sete chaves. Seu objetivo era estudá-lo para tentar descobrir de onde vinha tanta inteligência. Jamais teve a resposta. Einstein, certamente, não se resumia a um punhado de neurônios.

Pensador e brincalhão

A física tornou esse alemão, filho de um casal judeu, uma celebridade. Porém, os talentos de Albert Einstein ultrapassavam o campo das ciências exatas. Ele era pacifista e pensador. Jamais se absteve dos problemas da humanidade para se fechar no mundo dos cálculos. Embora tenha alçado a celebridade, como verdadeiro sábio que era, não tinha o menor apego por isso. Tanto que, para evitar idolatrias, queria ser cremado e que suas cinzas fossem espalhadas discretamente e em segredo. A última coisa que ele gostaria é que seu cérebro virasse objeto de estudo.

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