Velhos conhecidos dos fãs de videogames, os avatares podem ser definidos como uma representação dos jogadores dentro do universo digital. Antes de iniciar uma partida, o usuário escolhe qual personagem vai representá-lo. Dependendo do jogo, ele pode ser homem, mulher ou até mesmo um ser mitológico, além de ter os mais diferentes atributos, como poderes mágicos, uma força sobre-humana ou uma habilidade excepcional com armas.
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Com tantas possibilidades, o que leva um gamer a escolher determinadas características e não outras na hora de definir seu avatar? Por que ele prefere ser mais forte e não mais inteligente, por exemplo? As opções feitas têm relação apenas com a melhor estratégia para a partida ou podem revelar algum traço da personalidade do jogador? Foram indagações como essas que pesquisadores da Universidade York, no Canadá, buscaram responder em um estudo publicado na edição mais recente da revista Personality and Social Psychology Bulletin. Segundo os responsáveis do estudo, apesar de os personagens eletrônicos não serem uma representação fiel da personalidade dos jogadores, é possível, sim, extrair alguns traços dos usuários a partir das figuras virtuais.
No trabalho, os cientistas analisaram diversos avatares e os compararam com as características comportamentais de seus autores. ;A ideia do estudo surgiu durante uma discussão de como as pessoas são capazes de fazer impressões de personalidade precisas com base em muito pouca informação. Eu tenho um grande interesse na relação entre identidade e avatares digitais, o que me levou a perseguir a percepção da personalidade dessas representações;, explica ao Correio Katrina Fong, autora principal do trabalho e pesquisadora do Departamento de Psicologia da universidade canadense.
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