Ciência e Saúde

Vazamento de substância isola parte da Estação Espacial Internacional

O grupo de seis astronautas norte-americanos foi retirado do local e está em segurança

Agência France-Presse
postado em 14/01/2015 11:11
Moscou, Rússia - O vazamento de uma substância tóxica a partir de um circuito de resfriamento forçou, nesta quarta-feira (14/1), os astronautas a esvaziar o segmento americano da Estação Espacial Internacional (ISS), anunciou a agência espacial russa. O incidente ocorreu por volta das 11h44 de Moscou (6h44 de Brasília), no setor americano da plataforma espacial, de acordo com a agência Roskosmos em um comunicado.

A ISS é um dos raros domínios da cooperação russo-americana que não sofreu com a degradação das relações entre os dois países

O grupo de seis astronautas norte-americanos está em segurança, acrescentou a agência. Um representante do centro de controle russo informou às agências de notícias russas que a substância em questão era amoníaco, um gás incolor que pode causar queimaduras nos olhos e pulmões. Reparar o vazamento poderia, segundo ele, necessitar uma saída no espaço, mas não a evacuação de toda a tripulação. "A situação é complicada, mas está sob controle. Tais vazamentos de amoníaco já aconteceram no passado", acrescentou o responsável.

O representante da indústria espacial russa, Maxime Matiushine, afirmou que seus colegas da NASA estavam mobilizados para resolver o problema. Este incidente poderia atrasar o retorno à Terra da cápsula Dragon da SpaceX que abasteceu a estação no início desta semana.



A ISS é um dos raros domínios da cooperação russo-americana que não sofreu com a degradação das relações entre os dois países com a crise na Ucrânia, que fez com que os ocidentais adotassem sanções econômicas sem precedentes contra a Rússia. No entanto, Moscou anunciou na terça-feira que decidirá na primavera se irá manter as atividades da ISS para além de 2020, como deseja os americanos.

A Rússia fornece à estação seu principal módulo, onde se situam os motores-foguetes, e os foguetes russos Soyouz são, desde o fim das atividades das naves espaciais americanas, o único meio de se chegar e de repatriar a tripulação da ISS. Dezesseis países participam da ISS, posto avançado e laboratório espacial colocado em órbita em 1998 que custou 100 bilhões de dólares, financiados principalmente pela Rússia e os Estados Unidos.

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