Belo Horizonte ; Quando o ano acaba de virar para dar início a um novo ciclo, e as pessoas começam a traçar metas para os próximos 365 dias, talvez seja a hora de respirar fundo e buscar na meditação uma ferramenta para melhorar a saúde e a qualidade de vida, além de reduzir o estresse do dia a dia. Pesquisa realizada pela Harvard Medical School, nos Estados Unidos, mostrou que um dos efeitos da meditação centrada na respiração é o aumento da massa cinzenta e a alteração no formato do cérebro. As mudanças ocorreram duas semanas depois que adultos começaram a prática e foram constatadas com o apoio de um instituto de neuroimagem alemão e da University of Massachusetts.
O trabalho envolveu 16 adultos entre 25 e 55 anos, que participaram de encontros semanais, com duas horas e meia de duração, e foram orientados a fazer quatro minutos de exercícios diários em casa e a praticar os ensinamentos da meditação em sua rotina diária. Para avaliar as mudanças ocorridas em seu cérebro, os participantes se submeteram a ressonâncias magnéticas, antes e depois do início das aulas. Essa avaliação mostrou um aumento da massa cinzenta no hipocampo esquerdo dos que fizeram a meditação, mas, quando foi realizada avaliação de todo o cérebro, verificou-se aumento da massa cinzenta também no córtex cingulado posterior, na junção temporo-pariental e em dois pontos do cerebelo. Segundo os pesquisadores, isso indica melhorias em regiões que envolvem a memória, o estresse, a aprendizagem e as emoções.
É no hipocampo que há a maior concentração de neurônios no cérebro, o que significa que, ao contrário do que se acreditava, os neurônios podem nascer a qualquer momento da vida, desde que haja condições propícias para isso. É essa atividade que permite a mudança na estrutura do cérebro. Anteriormente, os mesmos pesquisadores já haviam notado a redução na massa acinzentada na região ligada à ansiedade e ao estresse, a amígdala cerebral, em pessoas que fizeram meditação por oito semanas. Os benefícios da meditação para o cérebro humano já foram reconhecidos por trabalhos realizados nas mais conceituadas universidades do mundo. Pesquisas feitas na Universidade de Montreal sustentam que a prática regular da meditação, com foco na respiração, pode reduzir as sensações de dor em até 18%.
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