Vilhena Soares
postado em 28/01/2015 06:15
Broca, motor, perfuração e resina. Antigo e temido, o roteiro para o tratamento das cáries tem ganhado novos instrumentos. Dos laboratórios científicos, surgem soluções menos dolorosas e mais eficientes, como o uso de correntes elétricas e de jatos de ar. ;O modo como tratamos hoje a cárie não é o ideal. Quando reparamos obturando, recorremos a um ciclo de furar e tapar o dente várias vezes (;) Apostamos na reparação natural, que é feita sem o uso de injeções e sem furos, o que é muito melhor para o paciente;, conta ao Correio Nigel Pitts, professor do Instituto Dental do King;s College London, no Reino Unido.
Pitts é um dos integrantes de um grupo de pesquisadores que trabalha no desenvolvimento da Electrically Accelerated and Enhanced Remineralisation (EAER). A intenção é aposentar as brocas e usar corrente elétrica para tratar as lesões bucais. A intervenção acelera o processo natural de regeneração feito a partir do cálcio e do fósforo do dente. ;A EAER remineraliza mais rápido e melhor do que métodos antigos. Ela ;obriga; os minerais a regenerarem o dente, o que significa a reparação natural dele;, detalha Pitts.
Indolor, o procedimento dura em média 15 minutos e ainda ajuda a clarear os dentes, segundo o pesquisador. ;Esse método não só é menos agressivo para o paciente e melhor para a boca, como também mais barato que os atuais tratamentos disponíveis;, ressalta Pitts. A técnica foi testada em exames clínicos com sucesso. Os idealizadores trabalham agora na adaptação do projeto para que ele possa ser usado comercialmente. A previsão é de que isso ocorra em cerca de três anos. ;As próximas etapas constituirão em otimizar o processo e realizar parcerias com investidores interessados;, diz.
Alumínio
Cientistas brasileiros também têm se dedicado a maneiras mais eficientes de combater a cárie e pendurar as brocas. Uma das alternativas são os jatos de ar. O método, chamado de Alluminajet, é de autoria do dentista Izio Mazur e foi desenvolvido em parceria com técnicos do Laboratório de Robótica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O aparelho libera partículas abrasivas de óxido de alumínio que agem diretamente na lesão e removem a cárie.
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