Dois estudos publicados hoje na revista Nature aproximam os cientistas da compreensão de por que algumas pessoas desenvolvem a obesidade e outras não. Os trabalhos detalham 153 regiões do genoma humano com papel fundamental no desenvolvimento da doença, praticamente triplicando a quantidade de marcadores genéticos conhecidos relacionados ao problema. Hoje, 37% dos homens e 38% das mulheres de todas as regiões do mundo sofrem com o sobrepeso e as suas comorbidades.
Dos genomas detalhados nas duas pesquisas, 89 são inéditos, o que faz dos trabalhos um dos maiores levantamentos sobre as raízes genéticas da obesidade. Ambos fazem parte de um projeto internacional chamado Genetic Investigation of Anthropometric Traits (Giant). Em um deles, pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, encontraram 97 regiões do genoma suscetíveis a influenciar a obesidade, sendo 56 inéditas.
Para chegar a esses resultados, a equipe analisou o genoma de 340 mil pessoas de vários países, não necessariamente obesas. Identificaram regiões relacionadas à obesidade, à doença arterial coronariana, ao diabetes, entre outras enfermidades. Alterações nessas regiões e em outras moléculas, além de modificações em alguns genes, como o MC4R, explicam 5% da tendência à obesidade, sendo mais expressivo ainda na infância, quando respondem por até 25% do sobrepeso.
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