Angústia ao checar o saldo bancário, contas atrasadas, privações para a família. A combinação desses fatores é grave para quem está empregado, mas, quando a pessoa está fora do mercado de trabalho, pode virar sinônimo de desespero. É o que mostra estudo publicado recentemente na revista Lancet Psychiatry, segundo a qual o desemprego tem impacto direto em uma das medidas mais extremas do comportamento humano: o suicídio.
A pesquisa, liderada por Carlos Nordt, da Universidade de Zurique, na Suíça, comparou taxas de suicídio e renda em 63 países entre 2000 e 2011, tendo como base dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Utilizando uma série de ferramentas estatísticas, a equipe do professor estimou que a falta de trabalho contribuiu para 45 mil autoextermínios por ano no período avaliado. Ser demitido aumenta de 20% a 30% as chances de alguém atentar contra a própria vida, independentemente de idade ou sexo.
Devido à falta de dados de grandes nações da Ásia, como China e Índia, e também dos países africanos, Nordt acredita que as taxas sejam muito maiores do que as apontadas por seu grupo. Apesar de algumas pequenas diferenças entre as regiões analisadas, os resultados foram semelhantes em todas as áreas.
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