A reutilização de seringas é responsável pela propagação mundial de uma série de doenças fatais. Só em 2010, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática foi responsável pela infecção de até 1,7 milhão de pessoas pelo vírus da hepatite B, até 315 mil pelo da hepatite C e até 33.800 pelo HIV. Ontem, a entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo para que os países mudem os seus protocolos e, até 2020, adotem as injeções inteligentes, que podem ser aplicadas apenas uma vez.
;A adoção de seringas de engenharia de segurança é absolutamente fundamental para proteger as pessoas em todo o mundo do HIV, da hepatite e de outras doenças. Essa deve ser uma prioridade urgente para todos os países;, defende Gottfried Hirnschall, diretor do Departamento de HIV/Aids da OMS. Os dispositivos inteligentes têm mecanismos que impedem a reutilização. Há modelos em que o êmbolo se quebra durante a primeira aplicação. Alguns têm um clipe de metal que bloqueia o êmbolo. Em outros, a agulha se retrai para dentro do cilindro.
As seringas convencionais custam entre US$ 0,03 e US$ 0,04. As de uso único, pelo menos o dobro. A OMS ressalta que os valores devem cair quando houver o aumento da demanda. Nas diretrizes divulgadas ontem pela agência de saúde da ONU, também há a recomendação para que sejam reforçadas as medidas para proteger os trabalhadores de saúde de ferimentos provocados por acidentes com agulha. A formação contínua dos profissionais da área sobre a segurança da injeção é outra estratégia recomendada.
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