Ciência e Saúde

Oxigênio pode ajudar a tratar cânceres, indicam cientistas norte-americanos

Segundo os cientistas, o uso de 60% de oxigênio mostrou-se seguro em tratamentos de longo prazo

postado em 09/03/2015 09:36
Essa é a proposta de cientistas da Universidade de Northeastern em Boston (EUA): mais oxigênio contra os tumores. Após experimentos com ratos, eles concluíram que aumentar a oxigenação, procedimento comum em hospitais, pode ser um aliado da imunoterapia no combate a tumores. As cobaias tratadas com a combinação de técnicas apresentaram regressão de câncer de pulmão e de mama. Quarenta porcento delas sobreviveram mais do que os ratinhos com a doença e não submetidos ao reforço na oxigenação.

Quando respiramos normalmente, a concentração de oxigênio recebida pelo corpo é de 21%. Em caso de suplementação hospitalar, pode subir para 60%. Os tumores que crescem rapidamente consomem tanto oxigênio que acabam evoluindo em um ambiente de hipoxia, com baixa concentração do elemento químico. Nessas condições, produzem a adenosina, uma molécula que bloqueia a ação das células produzidas pelo corpo para atacar o câncer.



Ao aumentar a quantidade de oxigênio, os estragos causados pela adenosina foram amenizados. A intervenção teve como complemento a injeção de células T. Tratam-se dos glóbulos branco do sangue que produzem anticorpos para combater organismos estranhos.

Segundo os cientistas, o uso de 60% de oxigênio mostrou-se seguro em tratamentos de longo prazo. ;Mas deve ser considerado com atenção porque nossos relatórios anteriores atraíram a atenção para a possibilidade de que (a técnica) agrave a lesão pulmonar inflamatória aguda em curso;, ponderaram no artigo divulgado na Science Translational Medicine.

Eles também ressaltam que um ensaio clínico em andamento testa, em humanos, uma terapia que combina oxigênio suplementar e uma vacina contra o câncer de pulmão. ;A hiperoxia (excesso de oxigenação) respiratória, por ser amplamente usada em situações clínicas, pode ser facilmente combinada com imunoterapias existentes contra o câncer e com antagonistas naturais ou sintético já disponíveis e seguros.;

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação