Depois de dois anos em manutenção, o maior e mais poderoso acelerador de partículas do mundo volta a funcionar neste mês. O Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) é o instrumento que possibilitou a descoberta do bóson de Higgs em 2012 e, depois de uma série de adaptações, está pronto para uma nova fase de experimentos ainda mais ousados. A reforma vai possibilitar colisões em uma energia de 13 trilhões de eletrovolts, quase o dobro da capacidade que o equipamento tinha antes. As mudanças vão possibilitar experiências nunca realizadas, que podem revelar importantes pistas sobre as leis que regem a formação da matéria.
Em uma entrevista coletiva realizada ontem na sede do Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês), em Genebra, Rolf Heuer, o diretor-geral da organização, classificou esta como uma ;nova era para a física;. ;Quando o LHC for ligado novamente, estaremos em um território inexplorado;, ressaltou. ;Posso garantir que teremos resultados fantásticos. Que tipo de descobertas nós faremos, eu não sei. Mas o principal é que estamos fazendo boa física, e fazendo progresso.;
Depois da histórica confirmação do bóson de Higgs ; uma partícula essencial para a formação da matéria, buscada durante décadas pela ciência ;, o acelerador circular de 27km foi desligado para uma bateria de reparos que serão concluídos nos próximos dias. Os detectores do equipamento foram testados no último fim de semana, e os primeiros raios de prótons devem começar a circular a partir do dia 23, quando começa um lento processo de adaptação: o equipamento deve alcançar sua capacidade plena apenas no fim de maio. ;Não é como uma geladeira, que se liga e desliga. É uma máquina que foi iniciada há seis meses, num processo lento e seguro. Não posso dizer quando passaremos de ;desligado; para ;ligado;;, disse Frederick Bordry, diretor de tecnologia do Cern.
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