Praticamente todos os seres têm a capacidade de regeneração celular. O processo é mais lento que nas histórias em quadrinhos e pode até passar despercebido para muitos humanos, mas existe ; exceto para alguns órgãos nobres, como o cérebro e o coração. Resultados iniciais de um estudo divulgado hoje na revista Science Translational Medicine podem acabar com essa ressalva. Pesquisadores da Universidade de Pensilvânia (EUA) reativaram vias do desenvolvimento dos mamíferos que podem influenciar e até mesmo estimular a regeneração cardíaca. Ainda que o avanço seja considerável, especialistas veem a proposta com cautela.
O tecido cardíaco de mamíferos tem a capacidade limitada de se regenerar. Segundo Ed Morrisey, diretor científico do Instituto de Medicina Regenerativa da Escola Perelman de Medicina da universidade, isso acontece, em parte, devido à incapacidade para reativar um programa de proliferação de células do músculo cardíaco. Estudos anteriores indicam baixo nível de proliferação de células desse músculo, as cardiomiócitos, em mamíferos adultos, o que é insuficiente para reparar o coração danificado.
A equipe de Morrisey mostrou, a partir de experimentos com camundongos, que um subconjunto de moléculas de RNA, chamado microRNAs, é importante para a proliferação celular durante o desenvolvimento dos cardiomiócitos. Mais que isso: seria suficiente para induzir a proliferação dessas células musculares no coração de animais adultos.
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