Vilhena Soares
postado em 27/03/2015 06:18
Após vários surtos desde o ano passado, que provocaram centenas de mortes em países africanos, o vírus do ebola tem sido alvo de muitos estudos nos quais especialistas se dedicam a encontrar estratégias de prevenção e tratamento da enfermidade. Uma das dificuldades apontadas pelos pesquisadores para combater o vírus é sua mutação. Para determinar o quão frequentes são essas mudanças do micro-organismo, cientistas americanos realizaram um estudo no qual analisaram casos de infecção ocorridos em diversas datas. O resultado trouxe boas notícias: as taxas de mutação são mais baixas do que se esperava. O dado deve ajudar no trabalho de prevenção e tratamento.A maior dificuldade para estudos desse tipo é encontrar material para análise. ;Vários grupos de pesquisa, em todo o mundo, vêm tentando avaliar se o vírus sofre mudanças, mas a obtenção de amostras para análise tem sido um desafio para os pesquisadores durante o surto;, explica ao Correio Thomas Hoenen, pesquisador do Rocky Mountain Laboratories e coautor do novo estudo, publicado na última edição da revista Science.
De acordo com Hoenen, a análise só pôde ser realizada graças a uma parceria com o governo do Mali, na África. ;Nosso estudo se baseia em dados já publicados a partir de casos na Guiné e em Serra Leoa, bem como em amostras de dois aglomerados de casos no Mali, aos quais nosso grupo teve acesso a partir do Centro Internacional de Excelência em Pesquisa, localizado em Bamako. Nós nos sentimos muito felizes por ter essa relação com o governo do Mali, que, ao receber nosso pedido, imediatamente tomou medidas para partilhar os dados de sequenciamento de vírus;, conta o pesquisador.
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