Bruna Sensêve
postado em 29/03/2015 08:00
Entre os povos da cultura latina, não há um que desconheça a sesta. O hábito é uma tradição espanhola bastante difundida nos países colonizados pela nação europeia e que também atingiu os vizinhos. Em algumas cidades italianas, por exemplo, restaurantes fecham logo após o almoço para honrar umas horinhas de descanso antes do turno da noite. Se o grande número de admiradores e adeptos não é o suficiente para convencer o chefe de que o cochilo da tarde pode fazer diferença na produtividade, pesquisadores parisienses trazem um argumento a mais. Segundo a equipe de Brice Faraut, da Universidade Descartes-Sorbonne Paris, ele também restaura hormônios e proteínas envolvidos no estresse e fortalece o sistema imunológico.De acordo com o estudo publicado no Jornal da Sociedade de Endocrinologia Clínica e Metabolismo, dos Estados Unidos, apenas 30 minutos de soneca vespertina podem reverter o impacto hormonal de uma noite de sono ruim. Hoje, a falta de sono é reconhecida como problema de saúde pública. Segundo os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDCs), dos EUA, noites maldormidas contribuem para a redução da produtividade, assim como para o aumento de acidentes de trabalho e de trânsito. Pessoas que dormem pouco também são mais propensas a desenvolverem doenças crônicas, como obesidade, diabetes, pressão alta e depressão.
Na contramão de todos esses prejuízos, Faraut sugere o breve cochilo. Ele e a equipe chegaram a essa conclusão após analisar 11 homens saudáveis, com 25 a 32 anos. Os voluntários foram submetidos a duas sessões de testes de sono em um laboratório onde as refeições e a iluminação ficaram sob rigoroso controle. Em cada sessão, composta por três dias, ficaram limitados a duas horas de sono por noite.
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