Belo Horizonte ; Em plena crise hídrica e com vários mananciais brasileiros contaminados, um sensor hidrológico que usa o conceito de internet aquática, transmitindo dados para outras redes sem a necessidade de fios, surge como uma alternativa interessante para monitorar a qualidade e o volume da água em lagos, rios e tanques. O projeto, desenvolvido na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em parceria com pesquisadores das federais de Viçosa (UFV) e de Juiz de Fora (UFJF), chegou a um dispositivo de baixo custo que determina a pureza da água a partir de algumas variáveis: temperatura, concentração de oxigênio dissolvido, turbidez, pH e condutividade elétrica.
Segundo o professor Luiz Filipe Menezes Vieira, do Departamento de Ciência da Computação da UFMG (DCC/UFMG), a ideia era criar um equipamento que ficasse dentro da água, captando informações e transmitindo os dados por meio de uma rede sem fio. De acordo com ele, o projeto partiu de uma necessidade apontada por outro professor, Ricardo Motta Pinto Coelho, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, que trabalha com aquacultura.
;Ele precisava de um sensor que pudesse monitorar a qualidade da água, a temperatura e o nível de oxigênio dos tanques onde são criados peixes. Isso porque o material usado com esse objetivo é importado e caro. Se estraga, não há quem conserte, e a solução é comprar outro;, diz. O Laboratório de Gestão de Reservatórios da UFMG (LGAR/UFMG), coordenado por Coelho, estuda a qualidade de lagos e rios há três décadas.
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