Às mulheres, uma dica: na próxima vez que acertar o horário do despertador, permita-se ficar algumas horas a mais na cama. Ou durma mais cedo caso seja impossível escapar dos compromissos da manhã. O conselho é valioso para a felicidade do casal, segundo descoberta de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Para elas, cada hora adicional de sono corresponde a um aumento de 14% nas chances de sentirem desejo de se envolver em uma atividade sexual no dia seguinte.
Essa relação, esclarece o psicólogo David Kalmbach, principal autor do estudo detalhado no The Journal of Sexual Medicine, não depende do quão cansada a mulher esteja na noite anterior ou se o relacionamento com o parceiro vai bem. Basta que ela durma um pouco mais. E bem, reforça. Pois não adianta ter uma única boa e longa noite de sono. Isso porque dormir muito eventualmente empobrece a intensidade da excitação genital no dia seguinte. No entanto, os resultados mostraram que as mulheres com média maior na duração do sono relatam mais excitação genital do que aquelas que dormem menos normalmente.
Investigações anteriores identificaram que doenças, distúrbios psicológicos e insatisfação no relacionamento são fatores de risco para as disfunções sexuais, como desejo hipoativo ; diminuição ou ausência de fantasias sexuais que resultam na falta de interesse em sexo ; e excitação sexual diminuída. O interesse dos cientistas pela relação do sono com a satisfação sexual, entretanto, apareceu no início dos anos de 1960. Até então, conta Kalmbach, era um assunto ignorado. ;Com o crescente reconhecimento da morbidade associada ao sono desordenado ou insuficiente, é surpreendente que os campos da sexologia e da medicina do sono tenham dado pouca atenção a essa área;, pontua.
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